depoimento para o dr estefano 1 ano de gastroplastia

Tente entender essa minha decisão. Quem nunca foi obeso não sabe oque diz...


Me chamo Andresa tenho 22 anos, nasci em Taubaté, 1.65 altura e peso anterior 140kg IMC 52.1, DATA DO MEU RENASCIMENTO 06/08/2009, Peso atual:70 kg, IMC atual: 27.2 Médico: Dr José Estefano de Oliveira Hospital: Hospital São Lucas –Taubaté

Fui uma crianças com sobre peso...sempre fui gorda...até quando bebê eu era gordinha...Nunca conheci outro tipo de vida, já sofri muita discriminação desde não ser bem atendida numa loja, ser ridicularizada na rua, olhar nas vitrines e não ver ali nenhuma roupa que me sirva, não sentar em cadeiras de plástico, porque ela ira ceder, andar pelas ruas e ser olhada com olhares de pena, ir a médicos procurar vários tratamentos e conseguir no máximo emagrecer 10 ou 15 kg oque não é nada para quem tem 139 chegar aos 115 nada adiantaria continuaria a ser obesa e infeliz . Não posso tomar banho e me enrolar na toalha, ficava metade de fora, em resumo o mundo em que vivemos não foi feito para pessoas gordas e como ex-obesa eu sei como é se sentir excluída, sorrir com as brincadeiras e chorar em casa escondida. Nada que me falassem me removia a ideia da cabeça estava certa do que eu queria, alguns achavam que eu era louca, outros que eu conseguiria sem cirurgia, eu sabia que não. É horrível ser gorda tudo te aperta tanto, ou muitas vezes não ter oque usar se fingir de doente para não precisar ir a festas, era uma pessoa digna de pena, sim pena pelas minhas limitações e meu estado físico isso não é vida viver com medo de entalar na catraca do ônibus, não ir a praias, parques e derivados porque certamente irão me olhar entrar em uma loja pedir XG mesmo assim não servir.

Há vida toda briguei com a balança, meu peso sempre me deprimiu. Tentei tudo oque vocês possam imaginar todos os remédios que poderiam inventar. . Do que adiantaria se em casa as guloseimas se amontoavam nos armários e na hora do almoço e jantar coisas hipercalóricas, com a contribuição genética familiar e a primeira menstruação tudo desabou , comecei a engordar e a emagrecer da mesma forma...Em pouco tempo me encontrei uma obesa mórbida.

No auge dos meus 20 anos encontrei-me portadora de hipertensão e colesterol, certamente não viveria por muito tempo

Usava analgésicos fortíssimos para aguentar as fortíssimas dores nos joelhos e coluna. Sentia falta de ar, dormia mal, me alimentava mal, qualidade de vida nula mesmo.

No final de 2008 resolvi cuidar de mim. Iniciou-se então um processo de busca e pesquisas. Foram 6 meses de pesquisas, graças a Deus encontrei pessoas que tinham operado .

Em minha primeira consulta eu confesso , Foi amor a primeira vista “me apaixonei” sai de la com os pedidos de todos os exames em mãos, Minha família no começo, ficou completamente preocupada com o rumo que eu estava tomando , porem nada diziam a respeito(Graças a Deus),passei por nutricionista psicóloga cardiologista entre outros...

Fui sincera com meus familiares que eu preferia morrer tentando.

Na noite anterior a minha cirurgia não consegui dormir o medo havia tomado conta de meu ser...muitas magoas guardadas

A gastroplastia realiza em nosso estomago o ditado popular * Quer emagrecer? Costure a boca, Sim é a reeducação alimentar forçada imposta pela redução do estomago que faz nosso organismo emagrecer. Não existe formula magica, tratamento ou regime nada disso adianta ou tem valor, pois o monstro da compulsão alimentar aliados com os maus costumes alimentares é uma bomba que atormenta todo os Obesos.

Ou escolho entre saudável e não saudável ou serei escravo da obesidade novamente e do bilionário mercado de emagrecimento saldável.

Tinha picos de hipertensão 23x14, era uma bomba relógio preparada para explodir, dores na coluna, joelho, taquicardia, menopausa precoce, não brincava com crianças pois não tinha folego, entre outras coisas.

Hoje tomo um medicamento ao dia multivitamínico e nada mais. Com um ano de operada emagreci 70kilos, hoje seleciono bem os alimentos que merecem estar dentro de mim.

Como para viver e não vivo para comer



O mais engraçado é ver pessoas que conviveram comigo a vida toda olharem para mim e não reconhecer!!!

70 kg off